Como permanecer saudável em dias de pouco sol

A existência de quase todos os tipos de vida na Terra somente é possível devido à presença e contato com a luz solar. O cientista e fotobiologista John N. Ott afirma que seres humanos não são exceção à essa necessidade dos raios solares que, segundo ele, são imprescindíveis para a saúde mental e física, força muscular, comportamento civilizado, energia e aprendizado.

A privação dos raios solares causa um grande impacto nas nossas vidas. Não nos expormos aos raios solares pode prejudicar a nossa saúde, especialmente no outono e no inverno, principalmente quando se vive no hemisfério norte ou no sul do Brasil.

O sol nos fornece calor, luz e uma vida saudável. O sol energiza e regula toda a química corporal.

A mudança de estação pode nos afetar mais do que o esperado

“Assim como um pintor precisa da luz para dar os toques finais na sua pintura, eu preciso da luz interior, que eu nunca tenho o sufuciente quando é outono.”

Esta citação, transcrita de “Cartas para Strakhov” sugere que Leon Tolstoy possa ter sido afetado por uma desordem que se chama Transtorno Afetivo Sazonal (TAS). TAS é um tipo de depressão que ocorre sempre na mesma época do ano, começando no outono e se expandindo ao longo dos meses de inverno.

Atenção ao outono e as mudanças que ocorrem em nossos corpos nesse período

O outono é uma época do ano onde ocorrem muitas mudanças. Estamos no meio de duas estações muito extremas: o verão e o inverno. Devido a isso, a nossa vulnerabiliade aumenta com relação às mudanças que ocorrem no tempo e também com relação á luz solar.

O que significa TAS?

TAS é a abreviatura de Transtorno Afetivo Sazonal, que se trata de um tipo de depressão que ocorre todos os anos, na mesma época do ano. Se você sofre de Transtorno Afetivo Sazonal, seus sintomas começam no outono podendo continuar durante os meses de inverno, tomando a sua energia e lhe transformando em uma pessoas irritadiça.

TAS, também conhecido como a depressão de inverno, é uma desordem do humor no qual a pessoa experiencia sintomas depressivos durante o outono e inverno, usualmente começando em setembro e outubro e terminando em abril ou maio, quando começa a primavera.

O diagnóstico e os sintomas de TAS

Custa mais de um inverno para que TAS seja diagnosticado. Para que o diagnóstico seja feito, é preciso que certos critérios sejam preenchidos:

os sintomas e a remissão dos mesmos precisam ter ocorrido durante os últimos dois anos consecutivamente;

os episódios depressivos sazonais precisam exceder em número os episódios depressivos não sazonais ao longo da história de vida do indivíduo.

Os sintomas mais comuns de TAS:

  • humor ruim durante a  maioria do dia;
  • perda de interesse na maioria das atividades;
  • fadiga e indiferença;
  • maior necessidade de sono que o usual;
  • aumento da necessidade de comer, desejo de comer carbohidratos;
  • o que acaba culminando em ganho de peso;
  • perda do interesse em sexo (perda da libido sexual)

Quem é mais afetado?

60-90% das pessoas com TAS são mulheres. Uma mulher entre 15 e 55 tem mais chance de desenvolver TAS.

Estima-se que 3% da população da Holanda sofre de TAS durante o período do inverno.

TAS pode ser tratado – a terapia da luz

Se os seus sintomas são leves, e se eles não interferem no seu cotidiano, a terapia da luz pode ajudar a abater TAS.

A terapia da luz:

  • é uma exposição a uma luminosidade intensa de 10000 lux, diretamente nos olhos, que dura entre 30 a 45 minutos;
  • não possui raios UV;
  • a distância entre os olhos e a luminosidade é de cerca de 50-60 centímetros;
  • o tratamento é 50-80% efetivo.

Para prevenir, existem no mercado umas lâmpadas que fornecem uma luminosidade tendo como efeito uma sensação de verão. Elas podem ser usadas diariamente, nos dias mais escuros, como prevenção da TaAS. Elas são facilmente encontradas, com por exemplo,  Brighlight (Philips) e fornecem ao máximo 10000 lux.

Lembre-se de antes consultar um médico para que ele lhe autorize a iniciar essa terapia.

Existem outras versões que fornecem menos lux (Philips wake-up light que fornece uma intensidade luminosa de 200 lux) mas que podem ser usadas de manhã cedo, dando uma sensação de energia e bem estar ao acordar num amanhecer muito escuro.

TAS e a opção do tratamento homeopático

A Homeopatia pode tratar TAS.

O medicamento homeopático a ser utilizado nesse tratamento vai ser escolhido de acordo com a abordagem holística da Homeopatia, que leva em consideração todos os sintomas do indivíduo (físico e mente) e somente uma medicação vai ser prescrita, talhada para esse indivíduo.

Nessa forma homeopática clássica (chamada de unicismo) de se escolher uma medicação que cubra todos os sintomas do indivíduo, cada paciente é tratado individualmente e medicado dessa forma. Todos os detalhes dos sintomas do indivíduo são levados em conta, como as sensações dolorosas locais, a localização da dor, a ocorrência de sintomas que são relacionados com o tempo e temperatura, horário do dia que os sintomas aparecem ou são mais agudos, estações do ano, desejos e aversões alimentares, estilo de vida, história individual das enfermidades, padrões das enfermidades da família etc. ão também investigados.

Após coletar todas essas informações vitais, uma avaliação é feita, e somente um medicamento homeopático  é dado ao paciente, tratando-o num nível muito profundo.

Sobre as medicações homeopáticas

Medicamentos homeopáticos são obtidos de extratos vegetais, de minerais e produtos animais benignos. Durante a preparação dos mesmos, usa-se um método chamado potencialização e diluição do produto inicial, conferindo um efeito dinâmico e curativo ao medicamento sem que sejam acompanhados de efeitos tóxicos da matéria inicial.

O poder da vitamina D

Os dias estão ficando mais curtos e logo passaremos a ter menos horas de luz solar. Como consequência, teremos menos horas de exposição ao sol e seus benefícios. Porisso temos que estar alertados para os sinais que os nossos organismos estão emitindo para termos uma vida mais saudável.

Fraqueza e dores musculares – especialmente durante o inverno – e facilidade em fraturar os ossos são alguns dos primeiros sinais que os níveis de vitamina D estão inadequados. Se você passar a apresentar tais sintomas, você pode estar tendo baixos níveis de vitamina D3, que é produzida quando da exposição aos raios ultravioletas (UVB).

Vitamina D

A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel, naturalmente presente num número pequeno de alimentos, é adicionada a outros, e também disponível em suplementos alimentares. A vitamina D também é produzida  endogenamente quando o sol atinge a pele e promove reações de síntese natural da mesma, em nosso corpo.

Enquanto pessoas com a pele mais escura possuem maiores concentrações de melanina e, com isso, maior proteção contra os raios ultravioletas e o câncer de pele, as pessoas com a pele clara possuem uma chance dez vezes maior de desenvolverem câncer de pele, quando comparadas às pessoas de pele mais escura, se expostas à mesma quantidade de sol.

Enquanto uma pele mais escura oferece melhor proteção à luz ultravioleta, o mesmo vai resultar em baixos níveis de produção da vitamina D, levando a crer que pessoas que migram para o hemisfério norte e possuem a pele mais escura, podem apresentar níveis inadequados dessa vitamina, vivendo nesses locais.

Os benefícios da vitamina D

Níveis corporais adequados de vitamina D reduzem o risco de que várias enfermidades sejam desenvolvidas. A vitamina D é necessária para que haja absorção do cálcio e do obm funcionamento do sistema imunitário e das funções musculares.

Entre os benefícios dos raios UVB e da vitamina D estão incluídas a redução de fraturas ósseas, do desenvolvimento do câncer, enfermidades infecciosas, autoimunes, as enfermidades cardiovasculares, a enfermidade metabólica, bem como a falência cardíaca e enfermidades periodontais etc.

A vitamina D pode proteger contra uma série de enfermidades, incluindo a osteoporose (apesar de a osteoporose ser uma enfermidade multifatorial, a deficiência de vitamina D pode ser um fator de risco muito importante), enfermidades cardíacas, câncer de próstata, de mama e de intestino. Mais ainda, a luz solar também possui outros benefícios intrínsicos como a proteção contra a depressão, insônia, e a ativação do sistema imunitário.

Níveis suficientes de vitamina D previnem raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos.

Numerosos estudos observacionais concluíram que níveis séricos de 25-idroxivitamina D equivalentes a 80 nmol/L (32 ng/ml) ou superiores a este valor estão associados com a redução de fraturas ósseas, diversos tipos de câncer, esclerose múltipla, e diabetes tipo 1 (insulino-dependente).

As fontes de vitamina D

Os europeus geralmente possuem baixos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D, porque simplesmente vivem no hemisfério norte, ou por passarem muito tempo dentro de casa, possuírem baixas fontes de vitamina D na dieta e falta de reforço da vitamina na alimentação comercializada na maioria dos países.

Um número muito pequeno de alimentos contêm naturalmente a vitamina D. Uma das melhores fontes naturais é a carne de peixes gordurosos (como o salmão, atum e o peixe cavala), e o óleo de fígado de peixe. Uma pequena quantidade de vitamina D é encontrada no fígado de animais, no queijo e na gema dos ovos.

Para se obter um nível de 10 µg diários de vitamina D é preciso tomar 100 copos de leite ou 5 pacotes de manteiga de 250mg cada pacote.

Na Holanda é determinado por lei que à cada 100 gramas de margarina produzida, seja adicionada a quantidade de  7,5 µg de vitamina D. Utilizando 40 gramas de margarina por dia, serão acrescidas à dieta um total de 3 µg de vitamina D. Se duas porções de peixe gorduroso forem adicionadas, por semana,  à essa quantia de margarina, chega-se ao valor ideal que supra as necessidades, sem que haja necessidade de uso de suplemento vitamínico.

A desvantagem dos protetores solares

A produção da vitamina D não ocorre quando fazemos uso dos protetores solares, e nem quando vamos para a rua na hora que o sol está baixo, como ocorre nos horários da manhã e na tarde, durante os meses de inverno.

Quanta exposição solar precisamos para produzirmos  vitamina D?

De acordo com o Dr. Michael Holick da Universidade de Boston, uma exposição solar de 5 a 10 minutos, três vezes por semana, durante a primavera, verão e outono, no período de 11 da manhã até as 2 horas da tarde, nas áreas dos braços e da face, vai promover um nível suficiente de vitamina D para o indivíduo de pele clara. Esta exposição solar vai permitir que o excesso dessa produção seja estocado para os meses de inverno. Para quem possui a pele pigmentada, é recomendado uma exposição solar maior do que 10 minutos.

Quanta suplementação de vitamina D necessitamos?

Depende da dieta, de quanto nos expomos ao sol, cor da pele e obesidade. Todas essas variáveis produzem um impacto substancial sobre os níveis de vitamina D.

No relatório sobre os “Padrões Nutricionais” o Conselho de Saúde da Holanda recomenda as seguintes quantidades de vitamina D, recomendações essas que podem variar dependendo da idade, se a mulher estiver grávida ou amamentando, se o indivíduo se expõe ao sol e também se ele faz uso adequando na alimentação diária:

Quantidade diária da vitamina D recomendada na Holanda (em µg/day)*

Idade

Uso adequado;
Exposição solar
Limite superior
aceitável
Sem Adequado

0-11 meses 10 5 25
1-3 anos 10 5 50
4-50 anos 5 2,5 50
51-60 anos 10 5 50
61-70 anos 10 7,5 50
≥ 71 anos 15 12,5 50
♀ grávidas 10 7,5 50
♀ que amamentam 10 7,5 50

 

* Fonte: Gezondheidsraad. Voedingsnormen. Calcium, vitamine D, thiamine, riboflavine, niacine, pantotheenzuur en biotine. Publicatie nummer 2000/12.
Rijswijk: Gezondheidsraad; 2000

O impacto da obesidade sobre os níveis da vitamina D

Pessoas obesas possuem um risco aumentado de terem seus níveis de vitamina D baixos. Por ser uma vitamina lipossolúvel (solúvel na gordura), a vitamina D é armazenada no tecido gorduroso. Quando a pessoa possui muito tecido adiposo, seus níveis de vitamina D não são disponíveis ao longo do corpo.

O enfoque homeopático

Não existem medicamentos homeopáticos para tratar diretamente as deficências vitamínicas.

No entanto, nesse caso, um tratamento homeopático constitucional pode ser feito concomitante à suplementação vitamínica. O medicamento homeopático vai ser escolhido de acordo com a abordagem holística da Homeopatia, que leva em consideração todos os sintomas do indivíduo (físico e mente) e somente uma medicação vai ser prescrita, talhada para esse indivíduo.

Nessa forma homeopática clássica (chamada de unicismo) de se escolher uma medicação que cubra todos os sintomas do indivíduo, cada paciente é tratado individualmente e medicado dessa forma. Todos os detalhes dos sintomas do indivíduo são levados em conta, como as sensações dolorosas locais, a localização da dor, a ocorrência de sintomas que são relacionados com o tempo e temperatura, horário do dia que os sintomas aparecem ou são mais agudos, estações do ano, desejos e aversões alimentares, estilo de vida, história individual das enfermidades, padrões das enfermidades da família etc. são também investigados.

Após coletar todas essas informações vitais, uma avaliação é feita, e somente um medicamento homeopático  é dado ao paciente, tratando-o num nível muito profundo.

Sobre as medicações homeopáticas

Medicamentos homeopáticos são obtidos de extratos vegetais, de minerais e produtos animais benignos. Durante a preparação dos mesmos, usa-se um método chamado potencialização e diluição do produto inicial, conferindo um efeito dinâmico e curativo ao medicamento sem que sejam acompanhados de efeitos tóxicos da matéria inicial.


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